Merlo Assessoria - Por que toda empresa deveria conhecer seu valuation?

Por que toda empresa deveria conhecer seu valuation?

Saber quanto uma empresa vale é mais do que preparar para vender ou captar investimento. O valuation mostra o valor real do negócio em um determinado momento, com base em dados financeiros, projeções, riscos e oportunidades.

Essa análise ajuda nas decisões estratégicas: entender se o negócio está crescendo, identificar pontos de atenção e guiar o planejamento futuro. Também é útil em momentos como entrada ou saída de sócios, fusões, negociações ou exigências contábeis.

Existem diferentes formas de calcular esse valor, como o fluxo de caixa descontado ou a comparação com empresas do mesmo setor. A escolha depende da realidade da empresa e do objetivo da avaliação.

Já imaginou você trabalhar a vida inteira dentro de uma empresa da qual você é sócio, da qual você é o controlador, e sequer saber qual é o valor de mercado da sua empresa.

Quando você descobre o valor, você fica curioso para saber por que ela vale tanto, ou por que ela vale tão pouco. Um laudo de avaliação feito de maneira profissional, ele explica, ele responde a essas perguntas.”

- Laudelino Jochem é bacharel em Ciências Contábeis, especialista em contabilidade e finanças pela UFPR, especialista em gestão tributária pela PUC-PR, ex-presidente do Serviço do Paraná (2020–2023), coordenador da IC Consultoria Empresarial, autor de 13 livros e consultor de grandes empresas brasileiras.

Mais do que um número, o valuation é um termômetro da saúde e do potencial do negócio. Ter isso claro dá segurança para quem está à frente da gestão.

O que acontece quando um sócio sai da empresa?

A apuração de haveres é necessária em várias situações que envolvem a saída de um sócio da empresa,  seja por vontade própria, exclusão, falecimento, remissão ou falência. Entender como esse processo funciona é essencial para evitar conflitos e garantir que tudo ocorra de forma justa e transparente.

O primeiro ponto de atenção é o contrato social. É ele quem determina o método de apuração de haveres. Quando isso não está claro, a legislação entra em cena e abre margem para interpretações e disputas. Por isso, é recomendável que o contrato já traga o critério adotado para esses casos.

Existem diferentes formas de calcular os haveres, patrimônio líquido contábil, balanço especialmente levantado, balanço de determinação e fluxo de caixa descontado.

Cada método gera valores diferentes, e a escolha certa depende do tipo de empresa, da previsão contratual e das particularidades do caso.

Ter um bom planejamento contratual e o acompanhamento de profissionais especializados é essencial para proteger os interesses de todos os envolvidos.

Reforma Tributária e Split Payment

Em 2025, um dos desafios é entender o split payment, mecanismo que divide automaticamente o pagamento entre o vendedor e as autoridades fiscais. Isso garante que os tributos sejam pagos corretamente, evitando fraudes e melhorando a arrecadação.

O split payment funciona da seguinte maneira: quando o pagamento é feito, a instituição financeira verifica se o imposto foi pago. Se não, o valor é automaticamente dividido para pagar o tributo. O processo pode ser feito em até 3 dias ou em tempo real, dependendo do tipo de sistema adotado.

O IBS e a CBS oferecem várias modalidades de pagamento, e o split payment é um dos principais métodos para garantir que o tributo seja pago de forma transparente. Quando o pagamento é realizado, a instituição verifica a situação fiscal do imposto e, se necessário, paga o tributo na hora.

“E qual é o objetivo disso? É justamente fortalecer a liquidez do crédito tributário. O princípio da certeza e liquidez do crédito tributário. Porque você só pode compensar aquilo que já foi pago antes. Senão, você não pode entrar na compensação dos seus débitos.”
- Ângelo de Angelis
 Economista mestre pela Unicamp, membro da Comissão Técnica da Associação Nacional de Fiscais e Tributos Estaduais, pesquisador, colaborador do Centro de Cidadania Fiscal, consultor, painelista e sobre a reforma tributária no Brasil.

O sistema de créditos vinculados ao pagamento reforça a arrecadação e evita fraudes, pois o crédito só pode ser compensado após o pagamento efetivo do imposto. Esse modelo é diferente do tradicional, onde o crédito é gerado automaticamente ao emitir a nota fiscal.

Novos Regimes para o Sistema Fiscal Brasileiro

A Emenda Constitucional 132, de 2023, trouxe mudanças importantes no sistema tributário, especialmente com o Projeto de Lei 68-2024, em andamento no Congresso. Esse projeto apresenta quatro regimes tributários, um dos quais é o regime geral, que visa simplificar a tributação da maioria das empresas e operações no Brasil.

O regime geral do novo IVA dual abrange a maior parte das atividades econômicas e busca reduzir a complexidade do sistema tributário, como a eliminação da "guerra fiscal" entre os entes federativos. A reforma visa acabar com a concessão de benefícios fiscais, como ICMS, ISS, IPI e PIS/COFINS, que hoje causam distorções e disputas tributárias. Com o novo regime, todos os produtos e serviços terão a mesma alíquota dentro de cada município ou estado, simplificando as relações econômicas e reduzindo a incidência de tributos sobre outros impostos.

Além disso, o regime diferenciado trata de setores específicos que têm reduções de alíquota. Isso inclui profissões regulamentadas, como advogados e contadores, e setores como educação, saúde, produtos agrícolas e de baixo custo para famílias de baixa renda. Algumas categorias terão isenções ou créditos presumidos para evitar distorções econômicas.

“O regime diferenciado não estava previsto inicialmente. Ele não veio no projeto da Emenda Constitucional 45, nem no texto original criado pela academia. Foi uma inclusão feita pelos parlamentares, muito em razão de um clamor público. Isso mostra como a pressão social pode moldar políticas públicas.”
- Talita Pimenta Félix, que é advogada, professora, mestre e doutora em direito pela PUC-SP e coordenadora do Instituto Brasileiro de Estudos Tributários em Goiânia, Goiás.

Esses ajustes são fundamentais para melhorar a competitividade e reduzir a complexidade do sistema tributário no Brasil.

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